terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Evento em Comemoração da Agrobiodiversidade no Agreste em Março de 2014‏

Sabemos que a Articulação do Semiárido Paraibano (ASA-PB) realiza há nove anos (desde 2006) a Festa Estadual da Semente da Paixão, que tem como objetivo resgatar, conservar, multiplicar e usar sementes crioulas. Um grupo de técnicos aqui do Agreste de PE está pensando organizar / realizar um evento regional parecido comemorando a Agrobiodiversidade da Agricultura Familiar (sementes, estacas e mudas de plantas nativas, além de tecnologias alternativas, a agroecologia, a questão de gênero) aqui em PE no fim de semana de 21, 22 e 23 de Março (na semana de São José, 19 de Março), no Santuário das Comunidades – Sítio Juriti - Caruaru. Convidamos todas (além de outras pessoas não incluídas que possam contribuir) para uma reunião de planejamento, a ser realizada na 2ª F, dia 21/01, pela manhã no Santuário.

Paixão pelas sementes tradicionais é motivo de festa na PB - 2010


Mais de 1.400 pessoas são esperadas para esta quinta edição da Festa da Estadual da Semente da Paixão, que será realizada nos dias 18 e 19 de março. Com o tema Guardiões da semente da paixão: em defesa da agricultura familiar camponesa, o evento organizado pelas entidades que compõem a Articulação do Semiárido Paraibano (ASA-PB) reunirá agricultores e agricultoras de todas as microrregiões da Paraíba: Alto e Médio Sertão, Curimataú, Cariri, Agreste e Litoral.


Festa da Semente da Paixão será no dia de São José (19/3)


A ocasião é de resgate e valorização da importante contribuição das famílias camponesas para a diversidade das sementes, moedas de um patrimônio genético que por séculos foi cultivado, selecionado, aprimorado e ajustado às realidades ecológicas locais e às preferências culturais. A festa é o momento de reverenciar esse incessante processo de estudo e seleção, que sem dúvida concede autonomia às famílias no uso de suas sementes, na produção de alimentos e na geração de riquezas.


A realização da festa é ainda de enorme relevância em função da atual conjuntura, em que os riscos de contaminação e de erosão genética desse patrimônio aumentam, seja pela liberação de variedades comerciais de milho e de algodão transgênico ou pela distribuição de poucas variedades de sementes pelos programas governamentais, o que gera a indesejável homogeneização.


Foi diante desse contexto que a ASA Paraíba decidiu dividir o encontro em dois momentos. No primeiro dia, 18 de março, em Lagoa Seca, cerca de 200 agricultoras e agricultores participarão de uma oficina de formação, que tem como objetivo abrir um espaço para a construção coletiva de uma critica ao conjunto de forças e fatores que ameaçam a agrobiodiversidade e a autonomia das famílias agricultoras. Nesta edição, o foco será os efeitos da introdução dos transgênicos no Mundo e no Brasil, com ênfase no impacto sobre o semiárido. Por meio de um mapeamento do trabalho realizado junto a famílias guardiãs das sementes, será feita uma avaliação e seleção das melhores variedades locais de milho.


Também será tema de debate e reflexão o conjunto das políticas de sementes incidentes sobre o semiárido. A ideia é elaborar estratégias comuns para enfrentar essas ameaças a partir de trabalhos em grupos representando cada região. Ao final, os grupos socializarão as propostas que servirão de base para definir prioridades para 2010.


O coordenador do Programa Paraíba da AS-PTA, Luciano Silveira, expõe os principais objetivos do evento: A importância de momentos como esse é fazer com que as famílias agricultoras resgatem e valorizem seu papel de guardiãs de um vasto patrimônio genético, que está sendo ameaçado por uma campanha para a disseminação de variedades transgênicas no País. Ao optarem por práticas agroecológicas e de preservação das sementes tradicionais, essas famílias formam um movimento de resistência em defesa da agricultura familiar camponesa, que luta por um modelo de desenvolvimento mais justo e ambientalmente sustentável. Prova disso, é o número de bancos de sementes familiares e comunitários que não para de crescer em toda a Paraíba, o que garante maior autonomia às famílias, que não precisam ficar comprando sementes e outros insumos a cada safra.


No dia seguinte, 19 de março, em Campina Grande, será celebrado por todos os participantes da festa o dia de São José, aguardado com ansiedade e devoção por agricultoras e agricultores de todo o semiárido paraibano por ser o prenúncio do inverno. Nesse dia, procuram o céu para ver se o tempo será seco, nublado, chuviscado ou molhado, elementos fundamentais do cálculo da meteorologia tradicional para saber se as chuvas virão em abundância ou não. E, depois de ler o tempo, as famílias agricultoras de todo Nordeste plantam o milho no dia de São José para comemorar a safra no dia de São João.


A data do padroeiro não poderia ser mais propícia para realizar a caminhada Em defesa da Agricultura Familiar Camponesa: por uma Paraíba Livre de Transgênicos e Agrotóxicos. Durante a marcha, serão distribuídos panfletos como forma de sensibilizar os consumidores quanto aos riscos à saúde e à soberania alimentar decorrentes da liberação das sementes transgênicas, de propriedade de um número reduzido de grandes empresas transnacionais. Haverá também a montagem da Feira de Sementes, Saberes e Sabores, fazendo alusão à toda riqueza proporcionada pelas sementes locais, que se traduz em valioso conhecimento transmitido de geração para geração. Será um momento de celebração, resistência e afirmação do modelo de produção camponês baseado na Agroecologia.


Após a caminhada, será realizado um Ato Público, com diversas atividades, como teste de contaminação de cultivos tradicionais por sementes transgênicas, depoimentos de agricultores, dramatização sobre os riscos à saúde das famílias e dos consumidores e falas de representantes de órgãos governamentais. No encerramento será feito um gesto simbólico de bênção das sementes.


A expectativa é que a Festa sensibilize gestores públicos e a sociedade quanto ao direito de milhares de famílias agricultoras a continuar preservando e manifestando sua paixão pelas sementes tradicionais, por sua terra, pela Natureza, pela biodiversidade e por sua autonomia.


Fonte: http://www.aspta.org.br/programa-paraiba/recursos-geneticos/paixao-pelas-sementes-tradicionais-e-motivo-de-festa-na-pb

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

ATO PÚBLICO em prol ao PAA - Leite (cabra/vaca).


CONVITE
A Diocese de Pesqueira-PE e o Centro Diocesano de Apoio ao Pequeno Produtor (CEDAPP) – Pesqueira - PE, juntamente com ONG’s, Cooperativas e Associações de Pequenos Produtores da Cadeia Produtiva da Caprinocultura e Bovinicultura Leiteira da Paraíba e Pernambuco, convidam parceiros e o público em geral para participar de um ATO PÚBLICO em prol ao PAA - Leite (cabra/vaca).

Dia: 16/01/2014 (quinta-feira).
Hora: 06:00 h (seis horas da manhã).
Local: BR 232. Km 204 (próximo ao IFPE, Campus – Pesqueira - PE, antiga Escola Técnica Federal).
Cidade: Pesqueira - PE.
Obs; Haverá distribuição de Leite de Cabra e Vaca para Famílias carentes.
Atenciosamente,
Pela Coordenação do Evento
Mauro de Freitas Valença - Tel. (Oi) 87.8805.1213 – (Tim) 87.9949.1659
e-mail: maurofvalenca@hotmail.com


Diocese de Pesqueira
Rua Cardeal Arcoverde, 23 – Centro Pesqueira - PE



INFORMATIVO
ATO PÚBLICO EM PROL DO PAA - LEITE CABRA E VACA
A Diocese de Pesqueira - PE e o Centro Diocesano de Apoio ao Pequeno Produtor – CEDAPP, juntamente com ONG’s, Cooperativas e Associações de Pequenos Produtores Rurais da Agricultura Familiar com toda Cadeia Produtiva da Caprinocultura e Bovinocultura Leiteira da Paraíba e Pernambuco, estão promovendo este Ato Público, que tem como objetivo:
1. Apresentar proposta de Mudança no Programa de Aquisição de Alimentos – PAA – Leite (cabra-vaca) através do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS do Governo Federal.
2. O referido programa encontra-se amplamente desabastecido e ameaçado em obediência à Resolução nº 16 – PAA Leite, que impõe um limite financeiro, hoje representado por R$ 4.000,00 (quatro mil reais) produtor/semestre.
3. A proposta atual equivale a 13 litros de leite/cabra dia e 19 litros de leite vaca/dia. Esta perversa Resolução desconsidera todos os investimentos e endividamentos que estes produtores tiveram para atender as exigências do Programa.
4. Muitos produtores já deixaram o Programa. A medida em que isso vai acontecendo, milhares de crianças, gestantes, nutrizes e idosos estão ficando sem o leite, alimento importante nessa região semiárida que atravessa uma das piores secas.
PROPOSTAS:
1. Que seja cumprida a determinação do próprio regulamento MDS – Diário Oficial da União do dia 29 do Novembro de 2013 que trata da produção no máximo de 150 (cento e cinquenta) litros de leite por dia, com
prioridade para os que produzem uma média de 50 (cinquenta) litros por dia.
2. Que seja eliminado o limite semestral de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por produtor beneficiado.
“O BRASIL PRECISA EXPLORAR COM URGÊNCIA A SUA RIQUEZA - PORQUE A POBREZA NÃO AGÜENTA MAIS SER EXPLORADA”. (MAX NUNES)
Pesqueira-PE, 16 de janeiro de 2014.
Contatos:
- Paulo Fernando Muniz de Oliveira – CEDAPP – 87.3835.1849
- Mauro de Freitas Valença - Tel. (Oi) 87.8805.1213 – (Tim) 87.9949.1659
e-mail: maurofvalenca@hotmail.com

Programação do 3º Congresso Nacional da Juventude Camponesa


Programa



Manhã
(8:15-12:00)
Tarde
(14h00 – 17:30)
Noite
(20.00-23:00)
14
- Chegada das delegações
- Credenciamento (a partir das 10 horas)
- Alojamento (acampamento)
- Acolhida e Agitação (13:00)
- Construção da Organicidade

- Celebração Eucarística (19:30) em conjunto com a PJMP
- Abertura dos dois congressos (PJMP e PJR)
- Atividade artística
15
- Ato Político
- Conjuntura
da Realidade Brasileira

- Questão Agrária: estrutura e conjuntura
- Juventude Camponesa
- Mostra cultural musical

16
Mesas Temáticas
·  Acesso a terra
·  Políticas Públicas para a juventude rural
·  Planapo
·  Convivência com semiárido
·  Musica raiz
- Oficinas específicas (10 as 12hs e das 14 as 15:50): haverá umas 50 oficinas ao mesmo tempo
- Feira de Sabores e Saberes da Juventude Camponesa (a partir das 16 hs)
- Lançamento filme
Mística das raízes da PJR
- Corredor da história da PJR
- Espaço artístico: PJR e amig@s
4º Encontro Juventude e Agroecologia - Sábia
17
- Estudo da Pauta de Luta
- Preparação da Marcha
- Marcha (junto com a PJMP): Juventude Campo e Cidade na luta pelo Projeto Popular.
- Troca de experiências e Partilha

18
- Jesus Cristo, o jovem camponês de Nazaré

- CEBs: Comunidades Eclesiais de Base

- 5ª Semana Social Brasileira

- Projeto Popular e Plebiscito Popular
- Caminhada da PJR (históricos)
- Nossos homenageados
- Saída para a Romaria dos lutadores da Juventude do Projeto Popular (junto com a PJMP)
19 D
Descanso
- Tempo Estados
- Avaliação
- Carta final do 3º Congresso
- Apresentação da articuladora e dos assessores nacionais
- Ato de Envio
Desmonte e limpeza
Despedida
Retorno

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Relatos do XIII Intereclesial de CEBs



Amigos! Amigas!

Recebemos um valioso presente da parte do Pe. Reginaldo Veloso, a quem muito agradecemos pelo precioso relato do que viu, ouviu e sentiu, nesses dois primeiros dias do XIII Intereclesial das CEBs.

Eis o presente:

Alder, meu irmão,

que pena que você não esteja aqui conosco. Desde ontem a noite que estamos vivenciando um verdadeira "kairós". Realmente, a celebração de ABERTURA foi uma sequência de mensagens surpreendentes por várias razões. Destaco a do Bispo de Roma, pelo ineditismo: nunca um papa, anteriormente, enviara uma mensagem pessoal ao Intercelesial das CEBs. Destaco a de Dom Tomaz Balduíno, proclamada por Marcelo Barros, pela ousadia profética de um ancião em condições de extrema fragilidade. Destaco a do presidente da CNBB, Dom Damasceno, pelo incentivo explícito, incondicional e incisivo às CEBs, como referência isnpiradora para a mudança que precisa ocorrer em toda a Igreja. Destaco as duas falas de Dom Fernando Panico, o anfitrião-mor do 13o, Intereclesial, pelo entuisamo e vibração com que anunciou as CEBs, como sendo, elas próprias "a profecia!".
Encaminhei seu e-mail para o diretor da Radio Pe. Cícero. Adianto, porém, que tivempos uma manhã riquíssima: a chegada exuberantemente alegre dos milhares de delegados e delegadas ao ginásio POLIESPORTIVO. Nomeado para ao evento como "CALDEIRÃO", tendo como patrono o BEATO JOSÉ LOURENÇO, será local das grandes plenárias. Às 08h15, em ambiente simbólica e pedagogicamente sugestivo (pensado, arrumado e ornamentado como uma grande roda, tendo ao centro o Círio Pascal, a Bíblia e a imagem da Mãe das Dores) se iniciou o Canto do Ofício de Romaria ("Ofício de Chegada"): um momento denso e belo de oração e espiritualidade, na linha do Ofício Divino das Comunidades. Em seguida, acpnteceu o VER do 13o.: ouviram-se testemunhos de várias situações e realidades vividas em todos os recantos do país... Desafiados por estes testemunhos, revezaram-se as falas elucidativas e provocadoras da qualificada equipe de assessores, por sinal muito aplaudidas: Pe. Manfredo, Raquel Rigotto e Roberto Malvezzi, com vária cores e traços desenharam a realidade global de devastação e exclusão produzida por um sistema que está chegando à exaustão e vai exigir muita audácia e criatividade do povo mobilizado e organizado na buscade mudanças estruturais. Todos se inspiraram em palavras de Papa Francisco. Houve, ainda, a FILA DO POVO, com vários delegados e delegadas sucedendo-se no intuito de oferecer complementações ou questionamentos ás falas da assessoria. Roberto Malvezzi deu a palavra final convidando os participantes a continuarem aprofundandoas questões levantadas nos "Chapéus" (grupos) e "Ranchos" (mini-plenárias) à tarde. Dos questionamentos feitos pela FILA DO POVO, eu destacaria o de uma mulher, reclamando de não aparecerem mulheres nos relatos históricos de luta e libertação... e o de alguém que reclamou de as análises se darem quase só a partir das realidades e problemáticas rurais, quando vivemos a grande maioria em cidades.

Grande abraço. Reginaldo

 
Mais notícias acerca da celebração da abertura:
 
Os dez preceitos ecológicos legados pelo Pe. Cícero:

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Por que plantar umbuzeiro!




Umbuzeiro valorize o que é seu

O dito popular “Em casa de ferreiro,
espeto de pau” se aplica bem ao povo do
Nordeste brasileiro, pois na Caatinga existem
plantas que trazem enormes benefícios,
mas não são valorizadas como deveriam.

O umbuzeiro é uma delas. Essa árvore
floresce na seca, alimenta as abelhas e, quando
frutifica, faz a fartura tomar conta do sertão.
Com seus frutos, o sertanejo tem alimentação
para sua família e para seus animais,
além de poder vender uma parte da produção.
Dois meses depois do fim da safra, as folhas
começam a cair e os caprinos e ovinos se
alimentam delas. Por todas essas vantagens,
é preciso não só conservar os umbuzeiros
já existentes, mas também plantar outros.


Onde, como e quando
plantar umbuzeiro

O umbuzeiro pode ser plantado em
praticamente toda a Região Semi-Árida do
Nordeste brasileiro, pois ele se desenvolve
e produz bem nessa região nos mais variados
tipos de solos.

Recomenda-se o plantio em curva de
nível, cortando as águas, no sistema de
sulcos e camalhões, o que conserva a terra
e ajuda a armazenar a água da chuva.
Deve-se plantar no início das chuvas.

Para aproveitar melhor o terreno,
plante culturas anuais entre as linhas do
umbuzeiro: feijão-de-corda, guandu, sorgo
e outras. As covas devem ser quadradas –
com espaços de 8 metros entre fileiras e 6
metros entre plantas – com 2 palmos de
fundura por 2 palmos de largura, ou seja,

44 centímetros x 44 centímetros x 44 centímetros.


Como adubar

Se possível, use 250 gramas de superfosfato
simples, 80 gramas de cloreto de
potássio e 5 litros de húmus de minhoca ou
10 litros de esterco de curral (curtido) ou
composto, de acordo com a recomendação
do extensionista. Misture o adubo com a
terra retirada da parte de cima da cova e
coloque tudo na parte inferior dela. Se esses
adubos não estiverem disponíveis, use 20
litros de esterco de curral ou composto e
meio quilo de cinzas por cova. Recomenda-
se fazer uma bacia ao redor da cova para
guardar a água da chuva.

No título Adubação alternativa do ABC
da Agricultura Familiar, há orientações interessantes
sobre como produzir adubos
caseiros.

O plantio do umbuzeiro
não exige o desmatamento
da Caatinga

Dentro da Caatinga, o umbuzeiro se
desenvolve bem com outras plantas, o que
significa não haver necessidade de desmatamento
da área para seu plantio.

Para o plantio, proceda da seguinte
maneira:

• Abra picadas ou trilhas na Caatinga,
espaçadas de 10 em 10 metros, pois
essa é a distância recomendada
entre ruas de umbuzeiro.
• Ao longo das trilhas, faça as covas
de 8 em 8 metros. Ao redor de cada
cova, faça um espelho, que é a retirada
das plantas que estão próximas
a ela. Com isso, o umbuzeiro pode
atingir a altura necessária para receber
a luz do sol.
• O preparo do solo, a adubação e o
plantio propriamente dito são os
recomendados anteriormente.
Como fazer as mudas

Para a obtenção de boas mudas, algumas
recomendações são importantes:

• Para a formação dos porta-enxertos
ou cavalos, colha frutos maduros,
retire as sementes e deixe-as secar
ao sol.
• Com uma tesoura ou canivete, quebre
a dormência da semente, retirando
massa de sua parte mais larga, e
faça o rompimento dela para facilitar
a germinação.
• De preferência, use sementes do
ano anterior, pois elas facilitam a
quebra de dormência e apresentam
melhor germinação.
• Podem ser usadas sementes de umbuzeiro
do ano anterior que ficam
nos currais misturadas ao esterco.
• Plante 2 sementes por saco na posição
deitada, com profundidade de
2 dedos (2,5 centímetros), e molhe
2 vezes por dia. A germinação começa
depois de 10 dias do plantio e,
aos 5 meses, os porta-enxertos ou
cavalos com quase 1 centímetro de
diâmetro estão prontos para receber
as enxertias.

• A enxertia recomendada para o umbuzeiro
é a garfagem no topo. É
como colocar uma cunha na enxada.
• Os garfos usados para enxertia devem
ter 3 ou 4 gemas. O amarrilho dos
enxertos deve ser feito com fita de
plástico própria para enxertia. Sessenta
dias depois da enxertia, as
mudas estão prontas para ser plantadas
no local definitivo.
• Não esqueça de desamarrar os enxertos.
• Nas mudas enxertadas, elimine os
brotos abaixo do ponto da enxertia.
• Faça uma poda de formação da
planta para forçar o nascimento de
outros ramos, cortando o último broto
dos ramos laterais, principalmente
daqueles que estão próximos do
chão.
• Capine ao redor das plantas e em
toda a área da bacia de captação de
água.
• As bacias devem ser reformadas
principalmente no início das chuvas.
• Use cobertura morta nas bacias para
proteger o solo, conservar a umidade
e diminuir as plantas daninhas.
Colheita e rendimento

A colheita é feita à mão. Os frutos são
colhidos ainda “de vez” e selecionados pelo
tamanho para facilitar o acondicionamento
e o transporte. Eles são colocados em
caixas de papelão ou madeira, com capacidade
para 3 quilos ou 5 quilos, o mesmo
tipo de caixa usada para a uva. Quando os
frutos são destinados à produção de polpa,
pode-se acondicioná-los em sacos com
capacidade para 50 quilos.

A produção anual do umbuzeiro pode
variar de 65 quilos até 300 quilos de frutos
por planta. Porém, enquanto os umbuzeiros
plantados com sementes produzem depois
de 12 anos, os umbuzeiros de plantas
enxertadas começam a produzir depois
de 5.

Segundo a Embrapa Semi-Árido, o
umbu gigante, depois de 12 anos de plantado,
produz até 3.900 quilos por hectare,
produção que pode crescer com o passar
do tempo, pois o umbuzeiro produz até os
100 anos.


Aproveitamento do
umbuzeiro

O umbuzeiro, cujos fruto e raiz são
ricos em vitamina C e sais minerais, serve
tanto para a alimentação do homem quanto
para a de animais, e seu uso tem grande
importância para as populações rurais do
Semi-Árido, principalmente nos anos de
seca. Seus frutos são vendidos pelos
pequenos agricultores para consumo ao
natural ou na forma de polpa, suco, doce,
umbuzada, licor, xarope de umbu, pasta
concentrada, umbuzeitona, batida, umbu
cristalizado, etc.

Receitas com umbu

Doce de umbu

Para o preparo do doce, os frutos
podem ser colhidos em todas as fases de
amadurecimento:


• Umbu inchado (entre verde e maduro).
• Umbu muito inchado (entre o inchado
e o maduro).
• Umbu maduro.
• Umbu muito maduro (estes estragam
muito rápido).

Como preparar a polpa

Para obter a polpa, proceda do modo
seguinte:

• Lave os frutos em água corrente.
• Leve-os ao fogo numa vasilha com
água de beber, até o início da fervura.
• Escorra a água e espere os frutos
esfriarem.
• Passe os frutos numa peneira para
separar os caroços da polpa.

Preparando o doce

A quantidade de açúcar deve ser mais
ou menos igual à metade da quantidade de
polpa.


Como fazer?

Misture o açúcar com a polpa. Em seguida,
ponha a mistura no fogo normal e
mexa-a até chegar ao ponto de massa firme
e fácil de cortar.

Rendimento do doce

Como o umbu inchado é o que produz
mais polpa, o doce feito com ele é o que
apresenta maior rendimento. Depois vem o
doce de umbu muito inchado e o de umbu
maduro. Portanto, o doce de menor rendimento
é o feito com umbu muito maduro,
pois este produz menos polpa.

Geléia de umbu

A geléia de umbu pode ser feita tanto
com as frutas (inteiras ou em pedaços)
quanto com a polpa ou o suco de frutas.
Para isso, é preciso juntar açúcar, água,
suco de limão. Os passos para a obtenção
da geléia diretamente da fruta são descritos
a seguir.

Colheita e limpeza dos frutos

Os frutos para o preparo da geléia
devem ser colhidos “de vez” ou maduros,
sem sujeiras e sem machucados. Após a
colheita e a seleção, faça o seguinte:

• Lave os frutos em água corrente.
• Deixe os frutos por 30 minutos numa
mistura de uma colher (sopa) de água
sanitária para cada litro de água.
• Lave novamente os frutos em água
corrente e potável.

Cozimento dos frutos

• Após a lavagem, retire o cabo dos
frutos.
• Os frutos devem ser cozidos inteiros,
com a casca, numa vasilha com água.
Cuide para que a última camada de
frutos fique um pouco descoberta de
8 a 10 minutos após o início da fervura.
• Quando os frutos ficarem de cor verde-
clara, escorra a água com uma peneira
fina, para não deixar passar os
frutos ou pedaços deles.
• Depois, passe a água que sobrou
noutra peneira, ainda mais fina, para
ela ficar sem nenhum pedaço ou
casca de fruta. Deve-se medir quanta
água sobrou para preparar a geléia.

Para o preparo da geléia, cada litro de
água do cozimento do umbu deve receber
500 gramas de açúcar e suco de 1 limão.
Proceda do seguinte modo:

• Despeje o açúcar na água e mexa-a
bastante, até ele desmanchar bem.
Depois, coloque o suco do limão e
leve a mistura ao fogo.
• Deixe a mistura ferver por 45 minutos,
aproximadamente, e mexa-a de
vez em quando.
• Quando a mistura estiver com uma
cor avermelhada, com bastante espuma,
retire dela uma pequena
porção para esfriar num pires, por
3 minutos. Se a porção endurecer
sem espalhar, a geléia está no ponto.
• Quando estiver no ponto, a geléia
deve ser retirada do fogo e colocada,
ainda quente, em potes de vidro.
• Deixe esfriar por 5 minutos, tampe e
vire os potes com a tampa para baixo
por 3 minutos.
• Os potes de geléia devem ser guardados
em local seco e arejado.
Foto: Arquivo daEmbrapa Semi-Árido

Picles da batata do umbu
As batatas do umbuzeiro

O umbuzeiro desenvolve em sua raiz
principal uma batata, rica em nutrientes, que
pode ser aproveitada para o consumo ao
natural ou como picles.

Plantio

• Para conseguir batatas para picles,
colha as sementes em chiqueiros ou
retire-as dos frutos.
• Faça o plantio em canteiros de até
10 metros de comprimento por 1 metro de largura e 40 centímetros de
altura.
• Os canteiros devem ser feitos com
areia de riacho ou areia grossa lavada.
• Devem ser semeadas 120 sementes
por metro quadrado, com uma cobertura
de 2,5 centímetros a 3,0 centímetros
de areia.
• Até o início da germinação, os canteiros
devem ser regados 3 vezes por
semana. Depois, a rega deve ser
semanal.

Obtenção das batatas

Aos 120 dias após o plantio, as
batatas das mudas atingem 17 centímetros
de comprimento, diâmetro de 1 a 2 dedos e
peso médio de 47,5 gramas.

A partir desse tamanho, a batata pode
ser utilizada tanto para consumo ao natural
quanto para o preparo de picles.

• Após a colheita, lave as batatas em
água corrente.
• Prepare uma mistura com 1 colher
(sopa) de água sanitária para cada
litro de água. Deixe as batatas por
meia hora nessa solução. Após esse
período, lave-as em água corrente e
potável.
• Coloque as batatas, depois de retirar
suas cascas, em vasilhas com a salmoura
para o preparo dos picles.
• Depois, coloque as batatas em potes
de vidro
• Ponha a salmoura, preparada da seguinte
maneira: misturar 50 gramas
de sal e o suco de 2 limões em
2 litros de água.
• Faça o branqueamento em água
quente (80 °C) por 30 minutos e depois
coloque em banho-maria por 40
minutos a 96 °C.
Após o preparo, os picles devem ser
armazenados à temperatura ambiente.

Extração do suco

A extração de suco de umbu com
vapor de água pode ser feita por pequenos
agricultores. O suco pasteurizado que é
produzido pode ser guardado à temperatura
ambiente.

Extração do suco com vapor

O extrator de sucos ou suqueira é um
conjunto de três vasilhas, uma em cima da
outra. Elas se encaixam da seguinte forma:


embaixo, fica a vasilha com água, que
produz vapor ao ser aquecida; em cima
dela, outra vasilha contém o vapor (câmara
de vapor) e, ao mesmo tempo, funciona
como coletor de suco; na parte de cima, fica
a cesta perfurada com os frutos.

Os frutos são “cozidos” pelo vapor, que
é responsável pelo arraste do suco com o
aroma e o sabor da fruta.

Engarrafamento do suco

Assim que o suco é extraído, ele deve
ser engarrafado, ainda quente, em garrafas
de vidro (previamente fervidas), enchidas
até a boca. Elas devem ser fechadas com
tampas apropriadas e colocadas com o
gargalo para baixo até esfriar. Isso garante
a conservação do produto à temperatura
ambiente.

Uso do suco

O suco do umbu serve para fabricar
doces, geléias, sorvetes, picolés, musses,
licores e para misturas com outros sucos.
Isso dá maior valor ao fruto de umbu,
principalmente na entressafra, quando não
há frutos para processamento.

Uso de sobras da extração do suco

O bagaço obtido da extração do suco
de umbu pode ser usado para a fabricação
de doces e geléias. Isso é mais uma fonte
de renda.


Atenção
Para maiores informações e esclarecimentos,
procure um técnico da extensão rural, da Embrapa,
da prefeitura ou de alguma organização de
assistência aos agricultores.

Forme uma associação
com seus vizinhos

Quando você se associa com outros
membros de sua comunidade, as vantagens
são muitas, pois:

• Fica mais fácil procurar as autoridades
e pedir apoio para os
projetos.
• Os associados podem comprar
máquinas e aparelhos em conjunto.
• Fica mais fácil obter crédito.
• Juntos, os associados podem vender
melhor sua produção.
• Os associados podem organizar
mutirões.
A união faz a força!


Embrapa Informação Tecnológica




terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Comunidade Preocupada em aproveitar as águas das chuvas






A comunidade da Magana, através do seu presidente Israel Moura, procurou a prefeitura para a disponibilização de um carro pipa que iria sugar a água acumulada em uma barragem naquela comunidade com as últimas chuvas, a preocupação é que com a insolação e as altas temperaturas de verão haja uma evaporação privando os agricultores de utilizarem a água.
A direção da associação organizou um cadastro de pessoas que se proporam a  armazenar a água em suas cisternas e a prefeitura disponibilizou um carro pipa que está abastecendo as casas daquela comunidade.
Esta é uma ação integrada entre poder público e comunidade realizando ações para facilitar a vida do homem do campo.

Denúncia verificada, não ha cochonilha do carmim em palma resistente!




Recebemos informação que havia um contaminação de cochonilha do carmim em palma resistente distribuída pelo governo, a informação é que em Logradouro do Costa, propriedade de Bastião Negrinho haveria cochonilha do carmim em palma distribuida como semente aos agricultores daquela localidade, em visita ao local Silvio José Tecnico do Ipa e Lenildo Secretário Executivo de agricultura de Santa Cruz do Capibaribe, localizaram a propriedade, porém, forma informados que naquela comunidade ninguem plantou palma resistente do tipo ipa sertania, orelha de elefante ou doce, conversamos com Alexsandro mais conhecido por NEM que falou das diversas plantações de palma infestadas da cochonilha, mas disse não ter conhecimento de palma resistente naquela comunidade.

Na propriedade citada foi encontrada uma pequena quantidade de palma infectada com a cochonilha do carmim, mas era palma redonda que é um pouco parecida com a palma orelha de elefante. Portanto a informação que haveria palma resistente contaminada com cochonilha foi desmentida.

A cochonilha do Carmim, Dactylopius opuntiae, é um inseto que se alimenta da seiva das plantas e além de sugar a planta, a cochonilha também pode introduzir vírus ou toxinas que deixam à planta amarela e murcha podendo destruir a palma forrageira dentro de poucos meses se não for combatida rapidamente.

A melhor forma de identificar a praga é verificando a presença de flocos brancos (colônias) nas raquetes da palma. Ao esmagar as colônias há a liberação de líquido avermelhado.

A Cochonilha do Carmim é uma praga quarentenária presente - A2 que está destruindo plantações nos estados de Pernambuco, Paraíba e Ceará. Em Pernambuco ocorre em 39 municípios.