Juntamente com Israel Moura e a produtora de doce Margarida,
estivemos durante três dias desta semana na AGRINORDESTE comercializando
produtos dos nossos agricultores e conhecendo as novidades tecnológicas do
campo, foi perceptível o quanto a agricultura familiar tem ganhado força e ocupado
cada vez mais espaço no mercado consumidor.
Foi possível compreender que um
produto pra circular grandes distancias e abastecer outras cidades é preciso
chegar com uma boa apresentação e qualidade impecável, percebemos a importância
das cooperativas e associações na organização deste modelo de trabalho,
percebemos também que e indispensável a presença do poder publico como agente
orientador desta função.
Cidades pequenas do interior de
Pernambuco se apresentaram com produtos de excelente qualidade, pequenas
industrias familiares ou cooperativas estão beneficiando produtos dos
agricultores a exemplo de carnes de bode, porco e galinha, são cortes especiais
e linguiças artesanais embalados a vácuo respeitando o padrão de higiene
exigido pela legislação, derivados de abelha como mel, própolis, aptoxina
geleia real etc. artesanatos, sandálias, bolsas e chapéus feitos de couro de
bode.
Neste evento tivemos a
oportunidade de termos contato com consumidores que estão a cada dia mais
exigente na qualidade do produto e a procura de preços mais baixos, também tivemos
a oportunidade de conhecer fornecedores de insumos para produção rural e este
setor também tem novidades que atendem as necessidades de uma pequena propriedade
que trabalho dentro do principio da sustentabilidade.
Um fato que me preocupa e que
alguns produtos chegam beneficiados na capital com um preço que chega a ser
inferior ao que praticamos atualmente em nossa cidade, e, produtos que vem de regiões
tão secas quanto a nossa e ate mais distante, isso me leva a crer que
precisamos urgentemente diminuir o custo de produção para poder tornarmos competitivos.
Precisamos esta abertos as novas
formas de manejo e fazer investimentos nos nossos sistemas produtivos de forma
que eles ofereçam menos riscos a prejuízos, também precisamos nos apropriar das
novas tecnologias sejam elas sociais ou da indústria, precisamos a cima de tudo
tratar nossas propriedades como um negócio que possa da lucro e satisfazer as
nossas necessidades com a comercialização do que produzimos, precisamos ainda
deixar de sermos “coitadinhos” e não ficarmos esperando por algum programa
governamental que venha “nos dar as coisas”.
O que aprendi de fato durante
estes três dias convivendo com diversos tipos de pessoas nesta grande feira foi
que a forma de organização que estamos praticando nas associações e no conselho
rural e ineficiente para melhorarmos a vida no campo, as associações e o
conselho precisa ouvir mais os produtores e os técnicos, e, encontrar caminhos
que nos leve a uma discursão sobre a produção de mátria prima, beneficiamento e
comercialização da produção, esse debate precisa ser continuo e coletivo,
precisamos identificar quem de fato esta preocupado com o agricultor e quem são
os oportunista que se aproximam so para tirar vantagem do agricultor, precisamos
imediatamente separar a ideologia política do debate de melhoria da produção e
unirmos forças de todos os lados para fortalecermos nossos agricultores.
(LENILDO ARAUJO)
(LENILDO ARAUJO)